sábado, 17 de outubro de 2009

Mídia negativa: espelho de uma racionalidade burra

Há um sem número de acontecimentos cobertos pela imprensa que trazem aos leitores e espectadores um mundo de poucas gentilezas, cordialidades e gestos de boas-vindas. Seja internacional - com as notícias do "barril de pólvora atômica" do Oriente Médio, os testes nucleares da Coréia do Norte ou a venda de terras da África a preço de banana -, seja nacionalmente, com as noticías da guerra entre policiais e traficantes (hoje no Rio de Janeiro, os bandidos simplesmente derrubaram um helicóptero da Polícia Militar), seja no local, com as notícias de traficantes atentando contra o patrimônio público ou um juiz matando um motociclista por simplesmente ignorar o bom senso e as regras de trânsito.

Desculpem-me os eventuais desinformados por não detalhar cada notícia citada, por presumir que à esta altura poucos não tomaram conhecimento deste mundo de garras afiadas. Na verdade, o que interessa neste texto é perguntar-se: quem somos nós, estes animais, que creditam a uma racionalidade o privilégio de serem chamados "filhos" de um suposto ser divino criador do Universo ao qual foi dado o nome de Deus? Bem, diante deste mundo pouco gentil e cortez, só três conclusões precipitadas me ocorrem: Deus não existe; Deus renegou seus filhos; nunca fomos ou seremos os filhos de Deus.

Na verdade, a reflexão deve ser bem mais profunda. A racionalidade humana, ostentada como o diferenciador essencial entre nós e o resto dos animais, de tão burra e irracional consegue fazer com que construamos um mundo humano tendente a mais tragédias e a menos dádivas. Daí porque tantos atos estúpidos - que alguns, por ainda creditarem à razão a salvação do homem, qualificam-nos de desumanos ou irracionais - preencherem nossa vida cotidiana e daí porque na mídia tamanha barbárie ser prioridade dos noticíários. O homem não só se automutila como precisa ver para acreditar que tal fenômeno de autodestruição lhe é intríseco por mais racionais se arvorem em ser.

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