segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mijar na rua pode levar à prisao

Esta conversa agora do prefeito João Henrique querendo punir os mijões de plantão da cidade é, por enquanto, no mínimo esquizofrênica. Pelo menos até tivermos a infraestrutura necessária para cobrar tal civilidade fisiológica. Se não for nos postes, aonde é que os soteropolitanos vão dar aquela mijadinha quando estiverem em apuros no meio da rua?

A capital conta hoje com 200 sanitários moveis. A prefeitura anunciou a implantação de mais 50 mictórios públicos pela cidade para evitar a urinada nas vias. Ainda é pouco, acho. São quase três milhões de habitantes, o que dá uma média de 12 mil pessoas para cada banheiro.  

E a questão numérica nem é a mais crônica, mas a qualidade dos banheiros. Aqueles químicos, que costumamos ver em lugares turísticos, como o Centro Historico e Farol da Barra, e também  no Carnaval, são de arrepiar a espinha.

Na verdade, esse negócio de banheiro público é uma coisa muito natural pelo mundo. O mictório é um equipamento urbano como um banco, um semáforo, uma placa de trânsito. Em Amsterdam, na Holanda, por exemplo, os banheiros são sinalizados (foto acima), e não raro, você pode se deparar com um banheiro como esse da foto ao lado. Olha eu aí dando a minha mijada, ao ar livre, sem portas, sem a sensação claustrofóbica que dão esses banheiros químicos daqui. Ah, sim, e com a privacidade suficiente para colocar o pinto para fora.

Em tempo, não esqueçam que guardas municipais vão fiscalizar as ruas de Salvador junto com policiais militares. Quem tiver mijando em via pública poderá ser preso, com base no Código Penal, capítulo VI (ultraje público ao pudor - Art. 233, que prevê detenção de três meses a um ano, ou multa).

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