O Estado de São Paulo lançou um pouco de luz ao abismo em que o cidadão brasileiro vem caindo nesses dias de recorrentes trocas de acusações mútuas entre petistas e tucanos e, mais grave, de um imenso bombardeio de matérias jornalísticas com versões partidárias, interesseiras e distorcidas. Estávamos à beira de uma república niilista, diante de uma histórica descrença pública nos políticos brasileiros, salvo raras exceções, e do descrédito total a uma imprensa de um lado golpista (Globo, Veja, Folha de S. Paulo) e de outro quase chapa branca (Istoé, Carta Capital, Record).
Tiro o Estado de São Paulo do bolo não por inclinações ao jornal, mas porque teve a coragem de divulgar o depoimento na íntegra do grande protagonista dessa sujeirada eleitoreira a que estamos submetidos nos últimos dias. Falo do jornalista Amauri Ribeiro Júnior. À Polícia Federal, ele de fato afirmou que investigava José Serra, em nome do jornal Estado de Minas, que pretendia proteger Aécio Neves das investidas investigativas do presidenciável tucano, cujo objetivo era produzir um dossiê contra o político mineiro a fim de pressioná-lo a desistir da sua candidatura à presidência.
Amauri Ribeiro também confirma que o material coletado das suas investigações apontam para o envovimento de José Serra nas operações suspeitas de privatização de estatais brasileiras na era FHC, inclusive da filha do tucano, Verônica Serra, através de contas em paraísos fiscais. Mas o PT também não é poupado. O jornalista aponta para uma briga interna dentro do partido, cujo epicentro de conflito seria o controle da comunicação da campanha de Dilma Roussef. Tal conflito teria gerado o vazamento dos dados sigilosos de familiares de Serra e outros tucanos à imprensa.
Veja aqui o depoimento na íntegra.
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