Os milhares de palestinos mortos pelos ataques israelenses à Faixa de Gaza anunciam um massacre, não um combate. Quem tentar dizer o contrário, faça bem longe de mim. Por isso, o apoio do povo de Israel à esmagadora ofensiva do exército do ministro de Defesa, Ehud Barak, é um dado preocupante. Quando a sociedade sustenta a violência capiteanada pelo Estado armado tem-se a morte da democracia e dos Direiros Humanos, e líderes autocráticos, populistas e belicistas com altos índice de popularidade revelam um grau mínimo e perigoso de civilidade de uma nação.
Se o povo de Israel apoia o massacre não é, como defenderia alguns, porque ele sente na pele os efeitos trágicos dos foguetes lançados pelo Hamas, senão seria muito mais razoável defender o acordo de paz. Ele motiva o massacre porque tem incrustado em sua cultura narcisista que é um povo superior aos palestinos e, de fato, deve ser soberano em detrimento de um Estado palestino. A mesma estupidez acometeu os yanques quando do ataque dos Estados Unidos ao Afeganistão e ao Iraque - George Bush, em um primeiro momento, foi apoiado pelo povo americano e teve ali seus melhores índices de popularidade.
Pela atrocidade cometida, Bush deveria sofrer impeachment e ser banido da política, do mesmo modo que o aplaudido Barak hoje. Os dois são exemplo de que aquele velho adendo continua valendo como nunca: o povo tem o líder que merece.
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