A decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por nove votos a um, de negar o pedido de liberdade do governador do DF, José Roberto Arruda, que segue preso, anuncia um processo já em curso de mudança das instituições brasileiras.
Como disse o ministro Carlos Ayres Britto, "dói em cada um de nós, na alma e no coração, ver um governador sair do palácio para a cadeia", mas essa dor, necessária e salutar, mostra um salto de qualidade dos mecanismos nacionais de controle social e serve como mola propulsora para mudanças fundamentais nos modos de ver da sociedade brasileira frente às relações de poder político.
A percepção de que a impunidade é inerente à ascensão sociopolítica pode começar a ser destruída a partir desses casos, dando lugar a uma assimilação mais acurada dos papéis e funções públicas dentro de uma sociedade democrática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário