O Brasil é um país de abissais desigualdades sociais. Os últimos números socioeconômicos, no entanto, anunciam um processo de maior inclusão das classes menos favorecidas, o que indica, ainda timidamente, que a nação tupiniquim está evoluindo do que pode ser chamado de um capitalismo selvagem, altamente excludente, para o que alguns chamam de capitalismo social.
O acesso à rede mundial de computadores, a internet, subiu de cerca de 20% em 2005 para algo em torno de 35% em 2008, segundo dados do IBGE. É ainda muito pouco, quando mais de 100 milhões de brasileiros ainda não estão conectados ao instrumento considerado de maior potencial democrático. Por uma outra perspectiva, é significativo mais de 20 milhões terem sido incluídos na web em três anos. Seguindo essa projeção, no ano da Copa do Mundo no Rio de Janeiro, estaremos chegando à cifra de 100 milhões de brasileiros internautas.
Outra boa notícia diz respeito ao poder de compra das classes C, D, E do Norte e Nordeste. Entre setembro de 2008 e o mesmo mês deste ano, elas consumiram mais do que as classes A e B das regiões Sul e Sudeste. Crédito fácil e valorização do salário mínimo explicam o fenômeno. Em consequência, como reflexo positivo, as empresas "descobrem" outro filão para expansão das vendas.
Em suma, os menos ricos passam agora a ser termômetro de uma democracia de mercado, porque mais incluídos substancialmente nela.
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