Há uma única saída para o labirinto estressante e agressivo desta modernidade capitalista: não entrar nele. Ou melhor, mal parafraseando Ferreira Gulart, é preciso está "fora da história". Em certos momentos, soa mais razoável não seguir tendências e modismos, para que o contraste ante os padrões lhe distingua a identidade.
A que serve o homem toda essa esquizofrenia do sempre novo, em tons tecnológicos e informacionais? Quando caiu a ditadura de regimes políticos autoritários, surgiu no horizonte o cultivo às liberdades. O momento de euforia passou. Agora somos escravos do progresso democrático, da libertinagem da informação e da alforria do consumo. São os três pilares constituintes indispensáveis à formação da peça de engrenagem do grande sistema. Ele não opera sem o homem moderno, peão de um "neofordismo" a caminho do desenvolvimento sustentável.
São imensas as possibilidades e promissores os horizontes. Crescimento econômico gerando emprego e renda, sem agredir o meio-ambiente. Uma beleza! Só me pergunto quem estará ainda humano para servir a todo esse propósito. Ou mesmo quantas baterias recarregáveis vão dá conta do recado. Os soldados de pilha não serão poucos. Trabalho duro. E que perguntas tolas. O progresso não pode parar, viva o desenvolvimento sustentável.
Não haverá tendência que dê lugar há Dorival Caymmi. Em termos de tempo, um jurássico comido pela evolução socioeconomica. Idos do ócio que não voltam mais, adentraram o labirinto e lá se perderam. Agora, o que resta é correr ad infinitum para não ser atropelado pela história. Se Miltom Santos estivesse vivo, perguntaria-lhe: como é possível dá uma pausa para refletir e não perder a hora?
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