terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Febre amarela: que risco corremos realmente?



O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já foi à televisão, em cadeia nacional, comunicar que o País não corre o risco de epidemia de febre amarela - desde 1942, o Brasil já afastou essa possibilidade, com a erradicação da doença. Em 2000, houve um surto da doença, com 40 casos registrados. Mas os que aparecem hoje na imprensa são de pessoas mordidas pelo mosquito na mata - por isso dizer que a febre amarela é silvestre - além disso, a doença não é transmissível entre humanos de forma direta.

A vacinação só deve ocorrer em áreas de risco, em regiões próximas à florestas e cerrados ou fronteiriças a esses locais. A secretaria estadual de Saúde da Bahia (Sesab) divulga pela televisão, desde o último dia 11, comunicado de que os habitantes de municípios que fazem fronteiras com regiões onde há riscos de contaminação já foram quase todos vacinados. Não há necessidade de moradores de Salvador se direcionarem aos postos de vacinação, senão aqueles que se "deslocarem para as regiões Norte e Centro-Oeste ou para países onde a vacinação é obrigatória". Nos últimos dias na capital baiana, houve uma debandada aos postos de saúde e a vacina faltou em alguns deles.

Em Feira de Santana, um motorista faleceu ontem e há suspeitas de que ele tivesse contraído a febre amarela. Ele havia viajado para Minas Gerais há dez dias, onde há casos registrados da doença. Não há, no entanto, motivos para pânico. Para contrair o vírus, estando em Salvador, você não vacinado há mais de dez anos tem que ser picado pelo mosquitinhho da dengue, o famoso Aedes aegypti, que antes já havia mordido alguém também não vacinado há mais dez anos e que fora mordido pelo mosquito silvestre transmissor da febre amarela.

A possibilidade de você contrair febre amarela é remota, mesmo no Carnaval, de onde chegará gente de todos os lugares. Agora, caso veja um mosquitinho, aquela velha moriçoca, rondando por perto, não vacile, dê logo um safanão.

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