O Carnaval de 2008 que se aproxima - faltam apenas 17 dias para o início da festa momesca - não terá grandes novidades, o mesmo modelo de folia de décadas se repitirá mais uma vez. Coisa nova mesmo só para os foliões mais exaltados que se meterem em brigas e para os assaltantes de plantão que costumam perambular pelos circuitos. Se vacilarem, vão parar em contêineres que funcionarão como celas durante todos os seis dias carnavalescos.
O Governo do Estado ainda não decidiu onde serão instalados os módulos prisionais móveis - como são tecnicamente chamados os contêineres. As opções são em trechos dos próprios circuitos festivos, ou próximo às delegacias da cidade. Ao todo, serão 20 unidades. A medida tem como intenção não agravar a já combalida situação das delegacias, hoje superlotadas por toda Salvador, devido à defasagem do sistema prisional. Outro ponto é que os módulos podem evitar as fugas no período, quando os presos se aproveitam da atenção dada pela polícia à segurança da festa para colocar em prática planos de fuga.
Módulos prisionais já são utilizados em pelo menos três estados - Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo - e têm gerado resultados positivos. No entanto, a decisão do Governo em adotar as unidades tem gerado polêmica, sobretudo, relacionada à questão dos direitos humanos. A pergunta que aparece por aí é se a estrutura do contêineres é adequada ao propósito de servirem como celas. Um questionamento no mínimo curioso quando se põe em pauta as atuais condições das carceragens pela Bahia afora.
O certo mesmo era perguntar ao preso: onde prefere ficar, nos contêineres ou nas delegacias? Mas deixe sua opinião aí do lado, respondendo a nossa enquete: os módulos prisionais são uma boa alternativa ou é uma idéia absurda que fere direitos humanos?
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