quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Aeroclube: parque da polêmica

O “Nota Livre” dispõe em sequência de quatro textos uma primeira série de reportagens sobre as questões envolvendo o shopping Aeroclube Plaza Show e a construção do parque público anexo a ele, que desde o início das negociações entre prefeitura e o vencedor da licitação ficou de ser instalado para atender ao lazer da população e até hoje não saiu do papel.

A história tem início em 1996, quando foi selada a concorrência para exploração da área do antigo aeroclube. O concurso licitatório foi vencido pelo Consórcio Parques Urbanos, formado inicialmente pelas Empresas Nacional Iguatemi Participações S/C Ltda., Virrat Empreendimentos e Participações Ltda. e Ciacorp Administração e Participações Ltda.

O Aeroclube Plaza Show, inaugurado em 1999, nunca se consolidou como um empreendimento de sucesso. Enfrentou crises, com a saída da maioria dos 140 lojistas iniciais, e um processo de degradação se tornando ponto de tráfico de drogas e prostituição. Além disso, contraiu déficits financeiros.

As dívidas à prefeitura de Salvador chegaram a algo em torno de R$ 8 milhões em impostos. Nos últimos episódios da novela que ganhou uma trama polêmica, foi firmado novo contrato entre o governo de João Henrique e o Consórcio, no qual a prefeitura municipal abriu mão do dinheiro. O procurador-geral do município, Pedro Guerra, explicou que o atual acordo foi baseado em um “encontro de contas”, pelo qual Salvador se livrou de uma dívida de R$ 15 milhões.

É que o Consórcio entrou na Justiça alegando um prejuízo de R$ 23 milhões referentes às paralisações das obras motivadas por atuações do Ministério Público Estadual cobrando a construção do parque público anexo ao shopping. "A prefeitura jamais poderia anistiar a dívida, porque não foi ela quem fez o embargo (em 1999), mas o CRA e o Ibama. Isso aí é uma coisa tendenciosa, e a prefeitura pagou o pato", contesta Waldir Postigo, lojista do Aeroclube.

Veja abaixo matéria com os lojistas do Aeroclube e os moradores da Boca do Rio que deram entrada, através do advogado Celso Ricardo Carvalho de Oliveira, em ação popular acatada pela Justiça Federal para embargo das obras de revitalização e ampliação do shopping

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