A desembargadora Sílvia Zarif, atual presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, anunciou hoje sua primeira medida prática dentro da tendência que havia declarado quando de sua posse de reduzir gastos na Justiça baiana e acelerar os procedimentos burocráticos.
O primeiro passo não foi feliz. A decisão de transferir todo o atendimento dos órgãos do judiciário no Estado para apenas o turno da tarde - com exceção do Ipraj - vai na contramão de uma justiça mais célere e eficiente.
Segundo a assessoria de imprensa do TJ-BA, a medida tem como propósito economizar em energia elétrica e facilitar a vida dos funcionários públicos, que, no único turno de expediente, estariam livres de problemas no trânsito na ida ao local de trabalho. O mesmo benefício se estenderia aos usuários.
Tudo bem. Mas não é difícil pensar que com um único turno de atendimento a concentração de pessoas nos cartórios, por exemplo, será maior, e a letargia já presente nestes estabelecimentos tende a se agravar.
Engraçado que a desembargadora promotera fazer os sevidores da Justiça baiana colocar a mão na massa. Pelo menos em tese, ela manteve a coerência: já imagino como os cartórios e tabelionatos ficarão repletos de usuários impacientes e, quem sabe, funcionários desesperados para dá conta da demanda.
Resta a dúvida se dentro deste provável cenário, a produtividade dos servidores irá realmente aumentar, como defendeu a presidente, por meio de sua assessoria de imprensa.
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