quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Wagner quer retomar ritmo de crescimento

O governador Jaques Wagner comemerou ontem, no programa de rádio semanal "Conversa com o Governador"- um similar do "Café com o Presidente" -, os investimentos certos para entrar na Bahia nos próximos três anos, assegurados por empresas como Braskem, Dow Química e Nitro Fértil.

Segurar e atrair recursos para o Estado é uma preocupação urgente do governo, já que no último ano, o setor do pólo petroquímico - um dos símbolos do desenvolvimento baiano iniciado há pelo menos 30 anos - veio se retraindo, com o anúncio de que empresas estavam preterindo o Estado em favor de outros mais atraentes em termos de isenção fiscal, a exemplo de São Paulo e Pernambuco. Foi o que motivou, inclusive, o secretário de Indústria e Comércio, Rafael Amoedo, a reduzir de 17% para 11% a taxa do ICMS.

Como o colunista de A Tarde Levi Vasconcelos lembrou, é preciso mais que compensações fiscais para atrair os investimentos industriais. Faltam infra-estrutura e ações de modernização no Pólo de Camaçari, além de resoluções no escoamento da produção - a agora Via Expresssa Portuária tarda de sair do papel e se adia a solução de facilitar o acesso das cargas ao porto de Salvador.

Não à toa, a Bahia acaba de perder a planta prevista para aumentar a produação de PVC, da Braskem. O projeto será implantado em Alagoas. O nosso Estado já perdeu antes para Pernambuco, quando a mesma Braskem, junto à Petrobrás, investiu no Complexo Industrial e Portuário de Suape (PE), na maior fábrica de PET do mundo, que tinha a expectativa de gerar 30 mil empregos. Isso foi em 2007.

Recentemente, o deputado federal ACM Neto questionou a outrora anunciada vatangem de que um governo petista na Bahia traria afinidade com o governo federal, portanto mais desenvolvimento econômico ao Estado, reflexo de maiores investimentos. Não sem razão, já que nesses primeiros anos do segundo mandato do governo Lula, com Wagner no poder, a Bahia simplesmente cresceu abaixo da média nacional, invertendo a tendência, ainda na gestão Paulo Souto, de expansão acima do ritmo do País.

Foto: Agecom

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